Mesmo com a trégua da chuva, a UFRGS projeta que o nível do Guaíba não deve retornar abaixo da cota de alerta antes do final da semana.

Apesar da pausa na chuva, o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul projeta que o nível do Guaíba não retornará abaixo da cota de alerta de 3,15 metros antes do final da semana. Hoje, terça-feira (25), o nível do lago na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, variou entre 3,33 metros e 3,37 metros, ainda acima da cota de inundação estabelecida em 3,60 metros.

Os pesquisadores explicam que os cenários previstos indicam manutenção dos níveis acima da cota de alerta nos próximos dias, com possíveis oscilações e elevações devido aos ventos. A expectativa é de que o nível comece a diminuir apenas ao final da semana, dependendo das condições dos ventos, previsões de chuvas e volumes de afluentes dos rios.

Na segunda-feira (24), a Prefeitura de Porto Alegre fechou três comportas do sistema de proteção contra cheias: as comportas 4 (Av. Sepúlveda), 6 (Catamarã) e 11 (Av. São Pedro). A Defesa Civil municipal emitiu um novo alerta preventivo de inundação para a região das ilhas, Sul e Extremo Sul, mantendo equipes de prontidão para ações de resgate e remoção, se necessário.

Em junho, o Guaíba registrou seu primeiro período abaixo da cota de alerta em mais de um mês, ocorrendo seis dias depois de ficar abaixo do nível de inundação de 3,60 metros pela primeira vez desde 2 de maio. As chuvas intensas em maio elevaram o Guaíba a níveis históricos, superando o recorde anterior de 4,76 metros em 1941, alcançando uma marca máxima de 5,35 metros em 5 de maio.

A tragédia climática resultou na perda de 178 vidas, com 34 pessoas ainda desaparecidas, conforme o último relatório da Defesa Civil do RS. Dos 497 municípios do estado, 478 foram afetados pelos eventos climáticos.

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