O mercado de criptomoedas continua em ebulição, com o Bitcoin e o Ethereum alcançando novos recordes e capturando a atenção dos investidores.
Segundo Manuel Villegas, analista de Ativos Digitais da Julius Baer (SIX:BAER), o Bitcoin ultrapassou suas máximas de 2021 devido à demanda por fundos negociados em bolsa (ETFs) lastreados em ativos físicos, em um mercado de liquidez restrita.
Villegas destaca um clima de otimismo no mercado, porém, alerta para a necessidade de vigilância contra sinais de exuberância irracional. Ele ressalta que a possível aprovação de ETFs de Ethereum em maio pode estar baseada em fundamentos menos sólidos do que os ETFs de Bitcoin observados anteriormente.
O analista também chama atenção para a crescente popularidade dos mercados de derivativos, com uma preferência notável por opções de compra. Os ETFs de Bitcoin nos EUA têm sido cruciais para a demanda institucional da criptomoeda, com um grupo de 11 fundos gerenciando mais de US$ 59 bilhões em ativos.
Villegas destaca ainda a eficiência operacional dos fundos, refletida em melhorias na negociação e redução de erros de rastreamento, slippage e spreads. A demanda por tokens de ETFs supera significativamente a emissão semanal de Bitcoins, demonstrando um apetite crescente pelo mercado.
Entretanto, o analista adverte que a aprovação de ETFs de Ethereum com lastro físico nos EUA enfrenta desafios, com a SEC demonstrando menor proatividade. Preocupações relacionadas ao Teste de Howey e ao mecanismo de queima do Ethereum são levantadas, destacando potenciais impactos na atividade da rede.
Villegas conclui ressaltando que, caso o mecanismo de queima do Ethereum não equilibre as emissões de staking, a blockchain pode entrar em um estado inflacionário. Apesar de algumas questões em desenvolvimento, o Ethereum continua a se valorizar, especialmente pela expectativa de aprovação de ETFs nos EUA.
